Hiperadrenocorticismo em cães: o que é, sintomas e como tratar

julho 25, 2024
Cachorro deitado encolhido em manta no chão.

O hiperadrenocorticismo em cães, também chamado de Doença de Cushing ou Síndrome de Cushing, é mais comum em pets de meia idade ou idosos. 

Portanto, costuma aparecer em animais com idade entre 6 e 7 anos, aproximadamente, tanto machos quanto fêmeas.

No entanto, é possível diagnosticar a patologia em animais desde os 2 anos até os 16 anos de idade.

Apesar de não haver evidências científicas, algumas raças aparentam ter uma predisposição genética para a doença, de acordo com o artigo Hiperadrenocorticismo Canino, publicado na Revista Científica UNILAGO:

  • Poodle;
  • Dachshund;
  • Pastor Alemão;
  • Beagle;
  • Labrador;
  • Raças de Terrier.

Além disso, a doença pode possuir origens diferentes, o que interfere na abordagem de tratamento para hiperadrenocorticismo em cães.

Neste conteúdo, vamos tratar sobre a origem da doença, assim como os equipamentos necessários para o diagnóstico e acompanhamento do paciente.

Então, não deixe de acompanhar!

O que é hiperadrenocorticismo em cães?

O hiperadrenocorticismo (HAC) é uma doença que provoca uma superprodução de glucocorticoide, que é um hormônio esteroide responsável pelo funcionamento correto de vários sistemas do organismo.

Isso ocorre quando certas glândulas do organismo não estão funcionando corretamente:

  • Glândula adrenal, que causa o hiperadrenocorticismo adrenal-dependente ou adrenocortical (ADH), representa 20% dos pacientes com HAC, aproximadamente;
  • Glândula hipófise, que origina hiperadrenocorticismo hipófise-dependente ou pituitária-dependente (PDH), que representa cerca de 80% dos casos.

Mas a superconcentração de glucocorticoides no organismo também pode ser causada pela medicação excessiva para o controle de alergias e doenças autoimunes. 

Esse fato ocorre porque esses medicamentos possuem altas doses do esteróide. Nesse caso, a doença é chamada de hiperadrenocorticismo iatrogênico.

O que é hiperadrenocorticismo em cães (HAC)?
É o aumento da produção do hormônio esteróide chamado de glucocorticoides.
A doença é encontrada sob 3 formas:
HAC espontâneo:
> ADH - Hiperadrenocorticismo adrenal-dependente: geralmente há presença de um tumor nas glândulas adrenais que leva ao excesso de produção dos hormônios.
> PDH - Hiperadrenocorticismo hipófise-dependente: a glândula pituitária aumenta a produção do hormônio ACTH, que causa o aumento de glucocorticoides.
HAC iatrogênico: causado pela medicação excessiva de glicorticoides.

Hiperadrenocorticismo em cães: sintomas

A Síndrome de Cushing apresenta uma variedade de sintomas, por causa das diferentes origens da doença, além de também estar relacionada ao desenvolvimento de outras patologias.

No entanto, existem sinais clínicos mais comuns em cães com hiperadrenocorticismo. Entre eles, podemos citar:

  • Polidipsia (aumento da ingestão de água);
  • Poliúria (aumento do volume urinário);
  • Polifagia (fome excessiva);
  • Aumento abdominal ou abdômen abaulado;
  • Atrofia muscular;
  • Anestro (ausência de cio) e atrofia de testículo;
  • Alopecia bilateral simétrica (queda de pelos excessiva);
  • Afinamento da pele;
  • Hipertensão;
  • Pelos opacos e sem brilho;
  • Hiperpigmentação da pele;
  • Letargia.

Contudo, é importante ressaltar que dificilmente o cachorro apresenta diversos sintomas no início da doença. 

Além disso, a progressão do hiperadrenocorticismo em cães é lenta, o que dificulta sua identificação pelos tutores. Há relatos de que, pelo menos, um dos sintomas surgem anos antes da doença ser diagnosticada.

Geralmente, os tutores associam esses sintomas com mudanças derivadas do envelhecimento.

Diagnóstico de hiperadrenocorticismo em cães

Para diagnosticar a Síndrome de Cushing, o veterinário precisa realizar exames físicos, avaliação do histórico clínico, hemograma completo, perfil bioquímico, exame de urina e ultrassom abdominal.

Alguns animais costumam ficar estressados e agitados quando se encontram em ambientes diferentes, próximos a pessoas desconhecidas ou frente a equipamentos grandes.

Por isso, é necessário tranquilizar e imobilizar o paciente, e a melhor forma de fazer isso é com a administração de anestesia inalatória, que ocorre por um aparelho específico.

Leia mais sobre: 

Aparelho de Anestesia Veterinário: como escolher o melhor? 

E, para confirmar o diagnóstico, é necessário realizar alguns testes, como:

  • Teste de estimulação de ACTH: serve para identificar altas taxas de cortisol na urina, que é produzido pela glândula adrenal. Neste teste, o paciente recebe uma injeção de adrenocorticotrófico (ACTH), que causa a produção de glucocorticoides que aumenta os níveis do hormônio;
  • Teste de supressão de Dexametasona de baixa dose: administrar pequenas doses de dexametasona no cachorro também serve para detectar a taxa de cortisol. Cachorros acometidos pela doença não apresentam variação no sangue;
  • Teste de supressão de Dexametasona de alta dose: este teste serve para diferenciar a origem do hiperadrenocorticismo em cães, com a aplicação de altas doses do hormônio. O PDH causa a queda da taxa de cortisol, enquanto o ADH não sofre variação.

Hiperadrenocorticismo em cães: alterações laboratoriais

Para realizar os testes, o tutor deve coletar uma amostra da urina do seu pet logo pela manhã e, preferencialmente dentro de casa para evitar o estresse e o aumento dos níveis de cortisol, o que pode comprometer os resultados.

Após a aplicação das doses de ACTH ou Dexametasona, o tutor deve realizar outra coleta de urina. No laboratório, as amostras serão comparadas para avaliar o nível de cortisol antes e depois das doses.

É importante que o tutor realize a coleta de mais de uma amostra em dias diferentes, porque os níveis de cortisol podem variar de um dia para outro. 

De acordo com o artigo Hiperadrenocorticismo Canino, 75% dos pacientes que não sofrem com HAC podem apresentar valores elevados de cortisol na urina. 

Por isso, é importante que o veterinário realize os testes várias vezes para confirmar o diagnóstico.

Hiperadrenocorticismo em cães: tratamento

De acordo com um artigo publicado pela Uniceplac, “Hiperadrenocorticismo em cães”, o tratamento consiste na administração de medicamentos ou na realização de cirurgias.

O procedimento cirúrgico é realizado caso seja detectado tumor nas glândulas, que pode realizar a remoção do tumor ou das glândulas. 

O surgimento do tumor pode ocorrer por causa da redução drástica dos níveis de cortisol no sangue. 

No entanto, não é possível determinar a causa exata do tumor, que pode ser pelo uso de medicamentos do tratamento ou reflexo do HAC.

Mas, na maioria dos casos, abordagens terapêuticas são mais recomendadas, com medicamentos via oral, porque os pacientes respondem bem a este tipo de tratamento.

Veja quais são as recomendações de tratamento de acordo com a origem do hiperadrenocorticismo em cães:

Hiperadrenocorticismo hipófise-dependente

O PDH não possui cura, portanto, a terapia medicamentosa deve ser contínua. Os medicamentos mais utilizados são o trilostano e o mitotano, sendo que este é indicado apenas trilostano gerou o efeito desejado ou o paciente possui contraindicações.

A cirurgia hipofisectomia é realizada para remover o nódulo na hipófise, no entanto, esta operação é realizada apenas com o diagnóstico do tumor.

Hiperadrenocorticismo adrenal-dependente 

Para o ADH, o tratamento mais indicado é a adrenalectomia, para remover o nódulo na glândula adrenal. Contudo, em casos casos, a operação não é viável, por causa da presença de metástases ou tumores inoperáveis.

Então, para estes pacientes, o tratamento medicamentoso com mitotano ou trilostano é a melhor opção.

Hiperadrenocorticismo em cães pode matar?

A Síndrome de Cushing é uma doença grave, que prejudica a qualidade de vida do animal e as complicações do hiperadrenocorticismo em cães podem levá-lo a óbito.

De acordo com um Estudo Retrospectivo dos Casos de Adrenalectomia, publicado na Revista MV&Z, a expectativa de vida é de 2 a 4 anos pacientes em tratamento de hiperadrenocorticismo em cães.

Mas, o tempo de vida varia de acordo com o potencial metastático e a idade do cachorro, que podem ter uma vida mais longeva se forem acometidos pela doença enquanto mais jovens.

Quais equipamentos são necessários para o tratamento?

Para realizar qualquer tipo de cirurgia, os veterinários precisam contar com equipamentos veterinários que garantem a segurança do paciente e o sucesso do procedimento.

Veja quais são eles:

  • Aparelho de anestesia inalatória: utilizado para administrar os agentes anestésicos de forma segura e controlada durante a cirurgia;
  • Monitor multiparamétrico: monitora os sinais vitais do paciente, como frequência cardíaca, pressão arterial, saturação de oxigênio, entre outros;
  • Doppler vascular: utilizado para avaliar o fluxo sanguíneo e a pressão arterial durante procedimentos cirúrgicos vascularizados;
  • Bisturi eletrônico veterinário: permite cortes mais precisos e controlados, assim, reduz o sangramento e o tempo de cirurgia;
  • Laser veterinário: utilizado para acelerar a cicatrização, fechar feridas, reparar células nervosas, entre outras funções, para promover uma recuperação pós-cirúrgica mais rápida;
  • Foco cirúrgico: proporciona maior visibilidade da área de trabalho, o que auxilia o veterinário a realizar um procedimento eficiente.

Veja também: 

Neurolocalizador veterinário: entenda como ajuda na odontologia.

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