Hidrocefalia em cães: saiba a importância do diagnóstico precoce

agosto 5, 2024
Dois cachorros da raça Chihuahua.

A hidrocefalia em cães é um problema que pode atingir não só filhotes, como também animais adultos e idosos. A condição se manifesta sob duas formas: hidrocefalia congênita e hidrocefalia adquirida.

Portanto, ela pode acometer qualquer espécie de cachorro, apesar de algumas raças apresentarem uma predisposição para a doença, como as raças pequenas, micros e toys:

  • Chihuahua;
  • Pinscher;
  • Bulldog Inglês;
  • Yorkshire;
  • Maltês;
  • Lhasa Apso;
  • Pug;
  • Shih Tzu;
  • Lulu da Pomerânia, entre outros.

Além disso, as raças braquicefálicas também costumam sofrer com esta doença, por causa do formato do seu crânio.

Então, para conhecer melhor sobre a hidrocefalia em cães, como é feito o diagnóstico e quais são as opções de tratamento, continue sua leitura para entender como providenciar um atendimento eficiente e seguro para seus pacientes.

Hidrocefalia em cães: o que é?

O que é hidrocefalia em cães?
Acúmulo de líquido cefalorraquidiano no crânio, que resulta em pressão intracraniana elevada.
> Hidrocefalia congênita: está ligada a malformações cranianas durante a gestação, portanto, afeta apenas filhotes.
> Hidrocefalia adquirida: afeta cães de todas as idades, mas é mais comum em animais idosos e entre as principais causas estão deficiência de vitamina A, infecções, tumores cerebrais e hipertensão intracraniana.
> Hidrocefalia obstrutiva: está relacionada a desequilíbrios na produção de LCR e pode ser provocada por obstrução nos dutos cerebrais.

É uma doença na qual ocorre o acúmulo de líquido cefalorraquidiano (LCR) no crânio do animal, que gera dilatação dos ventrículos cerebrais.

Por consequência, ocorre o aumento da pressão intracraniana, o que provoca lesões nos tecidos cerebrais, que podem ser permanentes.

Inclusive, esta doença pode levar o animal de estimação a óbito, caso não receba os devidos cuidados ou o diagnóstico seja realizado tardiamente.

E como abordamos no início do texto, existem duas formas da doença se apresentar. 

De acordo com o “Estudo de Caso de Hidrocefalia Congênita Grave em Cão”, a hidrocefalia congênita é mais comum em raças miniaturas e os braquicefálicos. Já a hidrocefalia adquirida pode acometer qualquer raça.

Hidrocefalia congênita

A doença está associada à malformação do crânio durante a gestação. Isso ocorre por causa da fusão de uma área do cérebro, chamada de colículo rostral, que estreita os dutos por onde o LCR se transporta.

Com isso, o líquido é direcionado para a massa branca do cérebro, o que provoca pressão e inchaço.

Existe uma relação hereditária nessa doença, portanto, está relacionada à raça do cachorro. Se o filhote é diagnosticado com hidrocefalia, é muito provável que os pais tenham o gene da doença, e que ele também passe o gene adiante.

Além disso, a doença pode se manifestar por causa de hemorragia cerebral no filhote, infecção pré-natal ou exposição a certos tipos de medicamentos durante a gestação da fêmea.

Hidrocefalia adquirida

Esta forma da doença pode ocorrer em cães de todas as idades, mas é mais comum em cães mais velhos. Veja quais são as principais causas:

  • Deficiência de vitamina A;
  • Infecções virais e bacterianas;
  • Tumores cerebrais;
  • Hipertensão intracraniana.

Portanto, não está relacionada a fatores genéticos ou complicações durante a gestação ou o parto, mas sim às condições que alteram o tamanho dos dutos.

Mas, também de acordo com o ”Estudo de Caso de Hidrocefalia Congênita Grave em Cão”, pode estar relacionada com o desequilíbrio na produção de líquido cefalorraquidiano

Nesse caso, é chamada de hidrocefalia obstrutiva.

Hidrocefalia em cães: sintomas 

No caso da patologia congênita, a principal forma de identificar a doença é pelo formato do crânio, que apresenta um aumento no volume da abóbada do crânio.

Outro sinal clínico que também pode ocorrer é o estrabismo ventrolateral bilateral, que ocorre por causa da pressão do líquido na órbita durante a gestação.

Além disso, a hidrocefalia congênita, assim como a hidrocefalia adquirida, também pode apresentar outros sintomas, como:

  • Cegueira;
  • Convulsões;
  • Olhos saltados;
  • Falta de coordenação motora;
  • Dificuldade em deglutir.

Leia mais sobre: Neurolocalizador veterinário.

Hidrocefalia em cães: diagnóstico é concluído com exames

Os sinais clínicos podem ser identificados pelos tutores, mas a conclusão do diagnóstico só pode ser realizada pelo veterinário com o auxílio de uma tomografia computadorizada ou uma ressonância magnética.

Geralmente, é possível realizar o diagnóstico da hidrocefalia congênita em filhotes com menos de 1 ano de idade.

Para realizar o diagnóstico, é necessário tranquilizar o animal, e a forma mais eficiente fazê-lo é com a administração de anestesia inalatória.

Isso porque, além de oferecer uma resposta mais rápida no organismo do paciente, permite uma interrupção do agente anestésico mais segura e provoca menos estresse no animal.

Veja mais sobre o aparelho de anestesia inalatória veterinária.

Hidrocefalia em cães: tratamento

Uma pergunta que os tutores podem fazer acerca da doença é se a hidrocefalia em cães tem cura. Para a hidrocefalia adquirida, é possível eliminar a causa da doença e, posteriormente, tratar os sintomas. 

Para a hidrocefalia congênita, não existe uma cura que consiga reverter todas as alterações causadas pela doença. Portanto, o tratamento consiste em aliviar os sintomas.

Hidrocefalia em cães: tratamento medicamentoso

O tratamento clínico consiste em diminuir a produção do líquido cefalorraquidiano com o uso de corticoides e diuréticos, que é mais eficaz para o tratamento da hidrocefalia adquirida.

Hidrocefalia em cães: tratamento cirúrgico

Para tratar a hidrocefalia congênita, é mais eficaz a realização de uma cirurgia, com a colocação de um shunt, para desviar a passagem do líquido para outro local, geralmente, para a cavidade peritoneal.

Para realizar o procedimento cirúrgico, é essencial que o veterinário promova o máximo de conforto e segurança para o animal.

Portanto, é necessário que utilize um conjunto de equipamentos veterinários que possibilitem a operação, tais como:

  • Aparelho de anestesia inalatória, para administrar o agentes anestésico de forma controlada;
  • Aquecedor cirúrgico, para regular a temperatura corporal;
  • Monitor multiparamétrico, para monitorar os sinais vitais do paciente;
  • Doppler vascular, para avaliar o fluxo sanguíneo e a pressão arterial;
  • Bisturi eletrônico veterinário, para realizar incisões mais precisas;
  • Laser veterinário, para acelerar o processo de cicatrização e fechar feridas e cortes;
  • Foco cirúrgico, para melhorar a visibilidade da área do procedimento.

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