A piometra em cadelas é uma condição que, em sua maioria, afeta fêmeas com mais de 5 anos de idade, prejudicando seu sistema reprodutor.
Além disso, algumas raças apresentam uma predisposição em desenvolver a doença, como Golden Retriever e Rottweiller.
Os sinais clínicos podem ser muito sutis e passar despercebidos pelos tutores. Por isso, o médico veterinário deve conhecer esta doença para conseguir diagnosticá-la e, assim, seguir com o tratamento mais adequado.
Continue lendo este conteúdo para entender mais sobre a piometra em cadelas, os sintomas, o que causa e as opções de tratamento.
O que é piometra em cadelas?
É uma doença comum da espécie, contudo, pode trazer sérias complicações, inclusive, a piometra em cadelas pode matar.
A bactéria responsável por causar esta doença é a Escherichia coli, na maior parte dos casos.
Porém, também é possível encontrar outras bactérias, como Klebsiellas, Pseudomonas, Staphylococcus e Streptococcus, conforme uma revisão de literatura sobre piometra em cães.
Conforme o envelhecimento acontece, as chances de desenvolver a piometra em cadela são maiores, assim como a possibilidade das complicações serem mais sérias.
A doença pode ser classificada em dois tipos, de acordo com a abertura da cérvix:
- Piometra aberta em cadelas: neste caso, ocorre a presença de secreção purulenta vulvar. Esse sintoma ajuda a diagnosticar a doença precocemente, apesar de aparecer somente dois meses após o cio.
- Piometra fechada em cadelas: é a versão mais preocupante da doença, já que não há presença de corrimento, porque a saída do pus é obstruída pelo surgimento de nódulos no endométrio, dificultando a passagem pelo colo do útero.
A maioria dos diagnósticos de piometra em cadelas é da variação da doença aberta, representando cerca de 85% dos casos, que são mais brandos.
A piometra de coto em cadelas, como também é conhecida a variação fechada, é menos recorrente. Contudo, é mais grave, já que o pus se acumula no útero.
O que causa piometra em cadelas?
- Em primeiro lugar, ocorre um aumento na produção do hormônio progesterona.
- Aliado a isso, o endométrio se torna mais espesso, o que facilita o alojamento e a proliferação de micro-organismos.
- Por fim, durante o cio, ocorre uma queda do número de glóbulos brancos, que diminui as defesas do organismo.
Com a idade, o revestimento interno aumenta de espessura. Por isso, as chances da doença acometer cadelas mais velhas e causar complicações mais graves, são maiores.
O envelhecimento também provoca o enfraquecimento do sistema imunológico, o que favorece a proliferação de bactérias.
Além disso, as chances aumentam ainda mais quando a cadela passa por vários cios sem engravidar.
Diagnóstico e sintomas de piometra em cadelas
A piometra aberta é mais facilmente diagnosticada pela secreção de pus da vulva, que ainda pode vir acompanhada de sangue e mau cheiro na região.
Já a respeito da piometra fechada, como não apresenta corrimento, o tutor deve observar e informar os sintomas ao veterinário, para realizar o diagnóstico.
Para realizar o diagnóstico da doença, é necessário realizar um exame físico (palpação abdominal e vaginoscopia), acompanhado de exames laboratoriais (hemograma, urinálise e bioquímicos) e anamnese com histórico clínico.
Também é necessário realizar exames por imagem, como a ultrassonografia uterina, para avaliar a condição do útero.
Além disso, recomenda-se utilizar o doppler veterinário, para monitorar o fluxo sanguíneo na artéria uterina, já que também é afetado pela doença.
Como evitar a piometra em cadelas?
Contudo, é importante ressaltar que a castração deve ser realizada após o 6º mês de vida. Antes desse período, o procedimento pode causar problemas à saúde do animal.
Se o tutor deseja que a cadela procrie pelo menos uma vez, recomenda-se que a castração seja feita antes que entre no cio novamente.
Além disso, é fundamental orientar o tutor a respeito do uso de anticoncepcionais, que podem favorecer o desenvolvimento da piometra em cadelas.
Como tratar piometra em cadelas?
O tratamento da doença depende da avaliação do profissional sobre a condição uterina.
Se diagnosticado precocemente, é possível fazer o uso de antibióticos para combater as bactérias, assim como a realização de drenagem uterina. Posteriormente, indica-se a castração do animal.
Além do uso de antibióticos, recomenda-se seguir com administração de estrógeno, para relaxar a cérvix e elevar o tônus muscular, e alcaloides e ocitocina, para aumentar a contratilidade do útero e facilitar a expulsão do pus.
Em casos mais graves, que ocorre principalmente na piometra fechada, recomenda-se a remoção do útero, das trompas e dos ovários (ovariosalpingohisterectomia), além da terapia com remédio para piometra em cadelas.
De acordo com a revisão de literatura, a cirurgia de piometra em cadelas deve ser imediata, para impedir que ocorra uma secreção generalizada, rompimento uterino e até a morte do animal.
Com a retirada dos órgãos, as chances da doença se desenvolver são nulas.
Para realizar a cirurgia de remoção, mesmo que de forma emergencial, é necessário utilizar alguns equipamentos veterinários, como:
Aparelho de anestesia inalatória
Este equipamento é fundamental para administrar de forma controlada e segura os agentes anestésicos inalatórios durante o procedimento cirúrgico. Ele permite ajustar os níveis de anestesia de acordo com as necessidades do paciente
Aquecedor cirúrgico
O aparelho é usado para manter a temperatura corporal do animal no nível adequado durante a cirurgia. Isso é importante para evitar a hipotermia, que pode levar a complicações pós-operatórias.
Bisturi eletrônico veterinário
O bisturi eletrônico veterinário permite realizar cortes precisos e limpos, o que ajuda a minimizar danos aos tecidos adjacentes, além de controlar o sangramento de forma localizada.
Laser veterinário
O uso de laser durante a cirurgia pode acelerar o processo de cicatrização, reduzir o sangramento e minimizar danos aos tecidos adjacentes.
Doppler vascular
Este equipamento utiliza ondas de ultrassom para avaliar o fluxo sanguíneo e a pressão arterial do paciente durante a cirurgia. Assim, a equipe consegue identificar possíveis alterações que possam comprometer a saúde do animal.
Monitor multiparamétrico
O equipamento monitora constantemente os sinais vitais do paciente, como frequência cardíaca, pressão arterial, saturação de oxigênio e temperatura. Assim, a equipe médica pode acompanhar o estado do animal durante o procedimento.
Foco cirúrgico
O foco cirúrgico é uma fonte de luz intensa e direcionada que ilumina a área da operação. Dessa forma, melhora a visibilidade e a capacidade do veterinário trabalhar com precisão durante a cirurgia.
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